No post anterior aqui no blog da Sempre Tecnologia, falamos sobre as **inovações** que o Selo Eletrônico vai trazer para os negócios no Brasil. Explicamos o que é essa nova tecnologia, seu papel estratégico na modernização da certificação digital e como ela promete transformar a relação entre empresas, documentos fiscais e o Estado. Como prometido, voltamos agora com uma dúvida muito comum entre empresários e profissionais da área: afinal, qual é o prazo de implementação do Selo Eletrônico? Será que teremos tempo suficiente para nos adaptar a uma mudança dessa magnitude?
A resposta é: sim, mas será necessário planejamento. Por se tratar de uma alteração estrutural profunda na forma como as empresas autenticam documentos eletrônicos, a implementação do **Selo Eletrônico** será feita de forma gradual, respeitando um cronograma definido pelo Comitê Gestor da ICP-Brasil com a execução do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). A previsão é que todas as mudanças estejam completamente implementadas até março de 2029.
Mas não pense que esse é um tema para deixar para depois. As movimentações rumo ao novo modelo já começaram, e o mercado precisa estar atento aos marcos dessa **transição**. A primeira grande etapa aconteceu em 2024, com a geração da nova cadeia de certificação da ICP-Brasil, chamada “V12”. Essa cadeia contempla os novos tipos de certificados, incluindo o próprio Selo Eletrônico, e marca oficialmente o início do prazo de adequação.
Por falar em inícios, adequações e datas, março de 2025 tem sido um marco inicial importante: foi quando começou, de fato, a emissão dos certificados das AC na nova cadeia. Mas isso não precisa criar alarmismos, afinal, as entidades credenciadas ainda podem **emitir certificados** na cadeia atual, a V5 da AC Raiz da ICP-Brasil, que terão validade até março de 2029.
Esse é o momento de sermos visionários. O setor de **certificação digital** sempre foi movido pela inovação, e acompanhar de perto essa transição é fundamental. As Autoridades de Registro (AR) devem observar cada etapa do processo, manter diálogo constante com suas respectivas Autoridades Certificadoras (AC) e buscar compreender como essa mudança impactará seu dia a dia. Já as ACs precisam liderar esse movimento, garantindo que seus sistemas, fluxos e ofertas estejam plenamente adequados à nova realidade.
Mas diante de tantas transformações, como os desenvolvedores de software devem lidar com essas mudanças? E as grandes aplicações que utilizam a ICP-Brasil — como sistemas de Notas Fiscais Eletrônicas, verdadeiros **paquidermes digitais** — conseguirão se adequar a tempo?
Fique ligado! No próximo texto, falaremos sobre as semelhanças e diferenças entre o **certificado A1 e o Selo Eletrônico**, os impactos dessa tecnologia nas software houses e as aplicações mais promissoras para os próximos anos.